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RESÍDUOS SÓLIDOS
Tratamento de LIXO URBANO
Não é fácil propormos a definição de Lixo urbano, pois, a sua origem e formação estão ligadas a vários fatores dentre os quais poderíamos citar:
• Variações sazonais
• Condições climáticas
• Hábitos e Costumes da população
• Número de habitantes do local
• Área relativa de produção industrial
• Nível educacional
• Poder aquisitivo
• Tempo de coleta
• Eficiência da coleta
• Tipos de equipamentos de coleta
• Disciplina de pontos produtores
• Orientação e Educação da população
• Leis e regulamentações específicas
Portanto, genericamente, podemos definir o Lixo como sendo todo e qualquer resíduo que resulte de atividades diárias dos homens na sociedade, sendo estes resíduos compostos basicamente de sobras de alimentos, papéis, papelões, plásticos, trapos, couros, madeira, latas, vidros, lamas, gases, vapores, poeiras, sabões, detergentes, entulhos e outras substâncias que são descartadas pelo homem no meio ambiente.
Quando disposto inadequadamente, o Lixo além de ser um grande problema de ordem estética, é uma séria ameaça à Saúde Pública. Contendo substâncias de alto teor energético e por ter grande disponibilidade de água, alimento e abrigo, o Lixo é o local preferido de inúmeros organismos vivos, sendo que podemos classificar os seres que habitam o Lixo em dois grupos:
a) Macro vetores: ratos, baratas, moscas, cães, aves, e por incrível que pareça, o próprio homem, o catador de lixo enquadra-se neste grupo.
b) Micro vetores: vermes, bactérias, fungos, actinomicetes e vírus.
Alguns organismos utilizam o Lixo durante toda a sua vida, e outros o fazem por determinados períodos. Este fenômeno constitui-se em um grande problema, pois, o Lixo passa a ser uma fonte continua e inesgotável de agentes patogênicos, sendo, portanto uma ameaça real a sobrevivência do homem.
O Chorume provem de três fontes principais:
a) A umidade natural do Lixo que se agrava nos períodos de chuva.
b) A água de vários materiais que sobra durante a decomposição.
c) Liquido proveniente da dissolução de matéria orgânica pelas enzimas expelidas pelas Bactérias.
O fator principal é à possibilidade de serem instalados Drenos para a captação e tratamento do Chorume, que serão executadas ao redor do Aterro, com caixas de passagem e interligação entre si, com tubos de concreto próprios para drenagem, sobre um forro de pedras marroadas e seu fundo impermeabilizado com Emulsão Asfáltica. Todo o Chorume captado segue para uma estação de tratamento confinada em caixas de alvenaria com divisórias internas, sendo que por decantação a massa vai para o fundo das caixas e o liquido percola para um dreno de pedras de diferentes granulometrias e areia grossa e o produto final é coletado e reinfiltrado no próprio aterro. Caso o volume de Chorume venha a aumentar muito, temos a possibilidade de captá-lo e levá-lo para as lagoas de tratamento de esgotos sanitários.
Interessante
Os estudos sobre a poluição ambiental foram inicialmente concentrados nos recursos hídricos e no ar. Mais tarde o solo passou a ser considerado como problema, requerendo assim atenções especiais e soluções mais complexas. A prática de aterrar Lixo não é privilegio da civilização atual, pois também os antigos já o faziam. Os Nabateus na Mesopotâmia a 2.500 a.C. enterravam seus resíduos domésticos e agrícolas em trincheiras escavadas no solo. Passado algum tempo as trincheiras eram abertas e a matéria orgânica já decomposta era utilizada como fertilizante.
A história do povo Romano no ano 150 assustados com o grande número de roedores e insetos que apareciam em torno do lixo, resolveram abrir valas e enterrar todos os resíduos, sendo este relato comprovado, pois nesta época o povo romano foi vitima da peste bubônica. Também na idade média a peste bubônica fez 43 milhões de vitimas na Europa devido ao lixo e seus dejetos. Desde então os administradores públicos e os interessados em Saúde Pública passaram a defender a necessidade de técnicas mais confiáveis no manejo dos resíduos. Com o aprimoramento continuo da prática de aterrar o Lixo, surgiu o que hoje conhecemos por Aterro Sanitário.
Referências
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